Acadêmicos do Salgueiro participa da confecção de tapetes de Corpus Christi na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro
Na manhã desta quinta-feira (30), dia de Corpus Christi, o Acadêmicos do Salgueiro marcou presença na confecção de tapetes festivos na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro. O evento contou com a participação especial da agremiação a convite do Padre Wagner Toledo, pároco da Igreja de São Jorge no Centro e diretor espiritual do Salgueiro. O tapete, elaborado pelo diretor de comunicação Victor Britto, homenageia São Sebastião, padroeiro da Cidade do Rio de Janeiro e do Morro do Salgueiro.
A iniciativa surgiu durante uma conversa entre Padre Wagner e a diretoria do Salgueiro sobre o enredo que a escola levará para a Marquês de Sapucaí em 2025: “Salgueiro de Corpo Fechado”, uma narrativa que explorará a relação humana com a busca pela proteção espiritual.
Entre os presentes no encontro, estavam a presidente do Aprendizes do Acadêmicos do Salgueiro, Mara Rosa, e a porta-bandeira da escola, Marcella Alves.
Mara Rosa destacou a união entre fé e a paixão pelo Salgueiro: “Já dizia nosso samba: ‘O Salgueiro é para quem tem fé’. Unidos pela fé, estamos aqui para celebrar o sacramento do Corpo e Sangue de Cristo.”
Marcella enfatizou a importância do momento para a agremiação: “Hoje é um dia muito especial para nós, salgueirenses. Poder dar esse pontapé inicial e estar dentro do nosso enredo, fechando o nosso corpo aqui, montando o nosso tapete de Corpus Christi, é algo muito simbólico. Participar desta festa nos dá a crença de que entraremos diferentes em 2025.”
Além da diretoria e segmentos da escola, paroquianos da Igreja de São Jorge também contribuíram para a confecção do tapete salgueirense, que servirá de passagem para o Santíssimo Sacramento ao final da procissão, conduzida pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Dom Orani João Tempesta, no final da tarde desta quinta-feira.
Sobre Corpus Christi:
Na Igreja Católica, o feriado de Corpus Christi, comemorado nesta quinta-feira (30), celebra o sacramento do Corpo e Sangue de Cristo, representados simbolicamente pelo pão e vinho, em memória da última ceia de Jesus com seus apóstolos.
Uma tradição marcante dessa data são as procissões, onde as ruas são decoradas com tapetes de areia e serragem. Esse costume, presente em diversos países católicos, é uma prática religiosa profundamente enraizada na cultura brasileira desde a colonização.
O Corpus Christi celebra, como o nome indica, o corpo de Cristo. A comemoração começou no século XIII, com o objetivo de reafirmar a fé e o culto diante de controvérsias e heresias sobre o mistério da presença real de Cristo na Eucaristia. A primeira celebração de Corpus Christi ocorreu em 1247, na Diocese de Liége. Posteriormente, o Papa Urbano IV instituiu oficialmente a celebração com uma bula publicada em 8 de setembro de 1264.
O título “Solenidade de Corpus Christi” refere-se à festa do Corpo de Cristo. Para os católicos, a presença real de Cristo nas hóstias consagradas durante a Santa Missa representa Jesus ressuscitado, o pão da vida, alimento espiritual. Assim, a celebração destaca a presença do corpo e sangue, alma e divindade de Cristo.
A procissão e os tapetes coloridos têm origem em Portugal e foram trazidos para o Brasil na época colonial. Na tradição católica, os tapetes simbolizam a acolhida de Jesus em Jerusalém, quando as pessoas cobriram as ruas com ramos e mantos para a passagem do Messias.