‘É transfobia’ Mulher Abacaxi afirma sigilo forçado em affair com jogador famoso

O atleta chegou a ameaçá-la de processo caso o romance vazasse na mídia. A influenciadora acredita que o rapaz não queria assumi-la pelo fato dela ser uma mulher trans e diz que foi ameaçada com processo

Marcela Porto, conhecida popularmente como Mulher Abacaxi, e recentemente assumiu o cargo de rainha de bateria da “Em Cima da Hora”, revelou ter vivido um affair com um jogador de futebol famoso, o jogador se recusou a assumi-la publicamente. Segundo a moça, o rapaz teve essa atitude por ela ser uma mulher trans e chegou a ameaçá-la de processo caso o romance vazasse na mídia.

Mulher Abacaxi ( Fotos Arquivo Pessoal )

“Nós não estávamos namorando ainda, mas tudo parecia encaminhar para isso. Só nos encontrávamos em lugares fora do Brasil. Chamei para ir à praia quando estávamos no Rio, ele falou que podia aparecer um paparazzo. Perguntei o que tinha a ver. Falaríamos que estamos nos conhecendo. Ele ficou brabíssimo. Disse que não queria que nunca o nome dele saísse na mídia comigo”, começa ela.

O episódio gerou uma discussão entre os dois, e Marcela não hesitou em confrontá-lo. “Eu falei horrores para ele. Eu que não queria me vincular a ele. É transfobia. Por que essa preocupação toda dele. Eu não pedi que ele me assumisse, mas também não precisava ter medo de ser visto comigo”, relatou.

A declaração reacende um debate sobre o apagamento de mulheres trans em relações afetivas. Mulher Abacaxi usou o próprio caso como ponto de partida para refletir sobre a solidão que marca a vivência de muitas travestis e mulheres trans no Brasil.

“Eles querem que a gente aceite esse lugar de ‘boa para ficar e ruim para assumir’. Tudo isso ficou de lição. Não aceito menos que eu mereço. Eu já vivi isso no passado com outro jogador que foi até pra Copa do Mundo, ele era maravilhoso e me ajudou muito, inclusive na minha transição, porém eu cansei e não quero mais esse tipo de coisa se repetindo na minha vida. Luxo é dinheiro e bom, porém eu quero ser respeitada, não ficar no papel de amante vivendo às escondidas. Nós, trans, não merecemos ser reduzidas a viver só nesse lugar de prazer, merecemos o amor também”, finalizou.

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