Hoje o Salgueiro Chora! Com profunda emoção, com o doloroso adeus a Melquisedeque Marins Marques

Melquisedeque Marins Marques, mais conhecido como Quinho do Salgueiro (Rio de Janeiro, 6 de maio de 1957 – Rio de Janeiro, 3 de janeiro de 2024) foi um intérprete de samba-enredo carioca


Morreu, na noite desta quara-feira (04), Melquisedeque Marins Marques, o Quinho do Salgueiro, aos 66 anos, um dos maiores intérpretes do Carnaval brasileiro, após batalha contra um câncer de próstata. A informação foi dada pelo Salgueiro, escola onde marcou época. O velório será na quadra do Salgueiro nesta quinta-feira, horário a confirmar.
“Nossos sentimentos se estendem à família do Quinho e a todos que, como nós, compartilham uma conexão profunda com o seu legado. Que sua voz ressoe eternamente nas avenidas, nos corações dos sambistas e em cada canto do Salgueiro. Descanse em paz, Quinho, pois sua música continuará a embalar nossas almas”. No Instagran da escola foi postado os sentimentos a família e amigos:

Quinho do Salgueiro ( Fotos Anderson Borde / Divulgação Salgueiro )


Começou no bloco Boi da Freguesia, sendo chamado para compor o carro de som de Aroldo Melodia na União da Ilha. Na Ilha, teve sua estreia como cantor principal em 1988, ficando até 1990. Mas, foi ao Salgueiro onde teve maior destaque, puxando o samba.
Quinho nos deixou, após batalha contra um câncer de próstata. A informação foi dada pelo Salgueiro, escola onde marcou época Peguei um Ita no Norte” em 1993. Em 1994, voltou a União da Ilha, numa negociação duvidada por todos, sendo tirado da então atual campeã, Salgueiro, pelo presidente da União da Ilha a época, Jorge Taufie Gazelle, por uma soma grande de dinheiro, além de alguns carros. No ano seguinte, retornou ao Salgueiro, onde ficou até 1999. Neste período, Quinho defendeu o samba do Dendê, sendo vice-campeã do Grupo de acesso em 1996 com o enredo “Prédio Roubado, Ponha-se na Rua… Ora pois pois“.

Em 2000, foi para São Paulo defender a Rosas de Ouro. No ano seguinte, retorna ao Rio de Janeiro, mais precisamente para a Grande Rio, onde permaneceu por dois anos. Em 2003, ano do Cinquentenário do Salgueiro, voltou para agremiação, onde 2009 ganhou mais um título, cantando o enredo Tambor, levantando toda a Marquês de Sapucaí. Em 2010, após o carnaval, quase saiu, devido a fatores internos, mas decidiu ficar após conversa com a diretoria da escola. A partir de 2011, canta ao lado de Leonardo Bessa Serginho do Porto.

Em 2005, foi para Porto Alegre, defender a escola de samba Vila do IAPI. De 2008 a 2010, foi cantor da Vila Maria , junto com Baby e Fernandinho SP. Em 2011, desfilou na escola Tamandaré, de Guaratinguetá. Em 2012, além de ser cantor do Salgueiro, Quinho retornou à Vila Maria, integrando o carro de som comandado pelo também consagrado Nêgo.
Para surpresa de muitos, Quinho chegou a inscrever chapa nas eleições presidenciais do Salgueiro, algo que até já se havia especulado, após dar algumas declarações de insatisfação com a atual administração, entretanto, sua candidatura acabou impugnada pela comissão eleitoral da escola. Posteriormente, com a reeleição de Regina Celi, acabou por deixar a escola.
No carnaval 2015, foi cotado para ser um dos intérpretes oficiais da Estácio, mas recusou estar na tradicional agremiação do Morro de São Carlos. Entretanto, Quinho desfilou e dividiu os microfones principais da Peruche e Império da Tijuca, respectivamente com Toninho Penteado e Pixulé.

Quinho do Salgueiro e Emerson Dias ( Fotos Anderson Borde / Divulgação Best Comunicação )

Para o carnaval 2018, foi anunciado como intérprete da Santa Cruz, e do Império de Fátima, e após intensa disputa judicial pelo comando do Salgueiro, foi oficializado o seu retorno, agora dividindo o carro de som com Emerson Dias. Antes da primeira hora completa do dia 4 de janeiro de 2024, a Acadêmicos do Salgueiro anunciou, nas redes sociais, a sua morte. O lendário intérprete lutava contra um câncer de próstata.

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